“Morrer mais completamente ainda,
- Sem deixar sequer esse nome.”
Manuel Bandeira
Das vagas do incógnito, de inúteis nadas
de cifras vazias e teoremas esquálidos
de álgebras destroçadas do abdome do exato
das praças onde verdade exposta e crua
como carniça louvada (degustada pérola de tripa)
do cerne de equações caninas insolubilizadas
vem o meu nome adornado de dízimos
e dádiva de dúvidas e letras amaras.
De inúteis uteís o meu nome
baixo relevo das lápides recebe vocábulo
esculpido como delírio cinzela poema
aprisionado no lume que sopro abandona
iluminado pelo círio tão fatigado
pelos olhos do vento indefesos abatido.
O marceneiro grego a lapidar cavalos
com veloz cinzel da palavra
no abeto dos templos incrustada
trena de sua astúcia em riste
a medir furiosa altura do mar
buril que desmorona levantado
do olhar certeiro da memória
de sombra pura alvejado como muro que sonha
as hélices da carpintaria árduas da morte
incansáveis
a aridez da treva abrindo olhos sonâmbulos
os símbolos estraçalhados na página escura
insólita baleia Jonas cavalgando
sua víscera sacra apontando
os intestinos do tempo, as usuras das horas.
Versos desconcatenados ao longo da madrugada
de chuva e trovoada de ontem, 29 de janeiro
2016,
o termômetro acusando na colina do Magano 19
graus célsius...
frio inspira, com vodka.






