Et nuezas do verbo Vital
Tua pele arte, teus ângulos de carne
curvas ósseas, estruturas ávidas lascivas, linhas
POESIABSOLUTA
Blog de Poesias e Prosas e outra coisas de Vital Corrêa de Araújo
Et nuezas do verbo Vital
Tua pele arte, teus ângulos de carne
curvas ósseas, estruturas ávidas lascivas, linhas
Os policromos músculos dos vitrais
as túnicas pegajosas de anjos rebelados
os estribos da demanda (além dos alicates de usura)
Todos os machos perderão as virgindades (todas)
defrontarão suas ágeis esfinges
e voltando a dormir com as inocentes mães.
De ti conheço o rumo ausente
o silêncio
a vertigem imóvel
De súbito, subreptícia e abruptamente, vi
um eletrodo de capacete (meio azulado)
e gravata borboleta atravessando apressado
Os halos, alguns ritos, auras de rosas
e um tipo de auréola roxa
nos olhavam da escada
A luz do elmo e a gota de fúria
que escapam dos olhos de Aquiles cintilam
no trêmulo céu de Tróia
A miséria não é destino nem solução.
Criatura servil não é (ser criado por Deus).
Penúria não é humana nem animal.
O silêncio de Pitágoras é da estirpe do infinito
e se faz ouvir nu e preciso
na geografia dos abetos
Ruínas erguem-se dos leitos de trastes
do enorme e curvo acervo de detritos
e gnomos desdentados.