Todos os machos perderão as virgindades (todas)
defrontarão suas ágeis esfinges
e voltando a dormir com as inocentes mães.
Do vazio âmbito de mim sobe
em torrente sem comporta
a náusea de existir.
Busco impiedoso espelho (vítreo e fátuo)
mercenário ou não
que me retrate o destino
vou (só) a minha mais
secreta álgebra
à equação clara do meu eu
ao axioma de mim
aos labirintos da alma (purgar-me).
Quero ter um desdar. Inlar.
Desdar feliz desdar.
Do súbito âmbito da tarde fluí
ao pastoso crepúsculo.
Sou a minha própria ruína
alma mera colcha de retalhos insana
amo podres escavações
e lençóis pisados.
Sou quem? Afinal!
Sei ser nada vital.






