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Sex, Jun

destaques
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A gananciosas camurças recuse

o protetorado das mãos. 

Ninguém mais morre virgem.

Ao nascer se começa a deflorar a morte.

 

Luvas abarrotadas de dedos.

Rostos escondido sob camadas cosméticas.

 

O orco é intenso.

O cerco redondo

O ermo imóvel.

E o amor morreu. Enfim.

 

Em meio dejetos, risos.

 

Leões envelhecem a sós.

Corvos aplacam a noite.

Gatos são inconclusos.

Rosas suicidas despencam sobre abutres.

 

O eterno infinito enferrujou.

 

Nuvem nefelibata bem perto

do precipício do arco-íris.

 

O destino é eterno.

E o ermo infinito.

 

À sombra da tristeza, rosas

expõe botões vermelhos.

Enfermeiros agonizando

feridas a sonhar com supurações

 

crucificada contra o muro a borboleta.

 

E sangue cotejou sobre lágrimas.

 

Lábios aziagos, risos e mênstruo

felicidades abreviadas, dores insones.

 

Túmulos alegres, ratos sem esgotos

cinza inadiáveis, gerânios carcomidos.

Vasos cheios de pó.

Esperança desalojadas.

Ventos intestinos reunidos

Ao arredor do fecaloma.

 

Cones ardendo ante

frio desfile de piras amorfas.

 

Rufiões acreditando

em navalhas doces.

 

À lua pecadora erga

o punho da noite.

 

A noite também morre.

 

Equação vermelha consta

do breviário da álgebra roxa.

 

Chilrear de flores

rosas sustenidas.

 

Murilo Gun

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