Luz é raiz... e âncora de matiz quântico.
Cultivo um jardim de raiva no escuro.
Só à república de triângulos resisto.
Luz é raiz... e âncora de matiz quântico.
Cultivo um jardim de raiva no escuro.
Só à república de triângulos resisto.
Afogue e ganso no hímen do abismo.
Venda a vida à vista, mas dê o necessário
desconto temporário.
A cor da covardia é política et poluta.
Águas tenebrosas que a secretam são velozes.
E a abissais profundezas de intensos vermelhos
Cântaros enterrados como profundos espelhos
portos sepultos como túmulos de água
cinzas soluçando sobre ossos de sombras
Vital excede. Como poeta. Faz jús à multa
por excesso de bagagem metafórica
em seus voos herméticos e inconstantes.
Côncavos ecos brotam de búzios cristalinos
infinitesimais delírios aliados a náuseas
do espírito com lapsos de loucura se irmanam
Vá ao silêncio das raízes
ouça rumor da vida da veia da linfa pulsando
impelida por coivaras amestradas, saiba
Cioran em A arrogância da oração é lírico, preciso excelso.
Perfure fragmentos de brilho
com ótica clava sonâmbula e obtenha
diafragmas noturnos para o coração da lua.
Ribeira mordida de pássaros, córrego amordaçado a cânticos de rosas
arredores dourados de cobiça e orvalho
cálices de pez arrancados do inferno rápido