Entre galáxias e equimoses, entre
automóveis e gaivotas ardendo
entre lucros sólidos e tumultos imobiliários
Entre galáxias e equimoses, entre
automóveis e gaivotas ardendo
entre lucros sólidos e tumultos imobiliários
e orações sonoras tecendo cônegos verbais
e ladaínhas nuas escapando do ventre
obrigatório dos monges.
Côncava sombra alimenta
crepúsculo mais fugidio
alicia céu
Meu coração está ébrio e delira
navegando pelos escolhos da tristeza
na busca de qualquer porto bêbado
A sombra dos objetos alongada
como hóstia côncava ou ébria
na haste da encruzilhada depositando seu monturo.
Ondula o pensamento
como corvo no ar noturno
vazio aumenta o amor e arrebenta
(poema contrakiplings)
Se a engrenagem branca é o que perdura
(e nos ocos e mecânicos altares ora)
Vendo ângulos e catetos
de ótimos triângulos.
Ângulos baços, mas explícitos
Rompi, cortei mares com o tênue da mão
levantei o sol dos círios amarelos
(abri suas pálpebras ígneas, líquidas coivaras pardas
Cítara abstrata
empilha pedras
óbices arranja