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Sex, Abr

Poemas
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Mãos sepultas como portos

entre mares de porcas pérolas

ânsias afagando-se

em bacias de angústias amoedadas

sôfregas orações deliquescendo

navios orando

no molhe, preces de água

singrando bocas fiéis

do cais profano

salmos acenando por marítimas moedas

à sombra dos náufragos lençóis

dos olhos vazios

das mansões assaltadas de náusea

peregrina tédio

mãos morrem atadas.

 

“Não importam os mundos

que poderei conquistar sozinho

nem as rosas expostas

nas estradas para alegrar os olhos

se não caminhas comigo

(mas se o fizeres aqui estão minhas mãos)”

Mario da Silva Brito

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Murilo Gun

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