No início foi o abismo como é o fim.
abyssus, abyssus... abismo nu, treva resplandecida
como párias dos últimos e soberbos capítulos
seda esgotada ante maciez do ralo devoluto
vasos para gozo da aridez plena cíclica
a demasia louvando a soberba...
e tudo escureceu num átimo físsil de luz
mais suando o céu caiu, desabou
o toldo alto, bastilha mor, última e vasta
muralha da piedade e certeza dum porvir redondo
aérea pilastra em forma de travesseiro
côncavo felibata se arrebata
arrebata credos e as mais vivas garantias
apostásicas apostas descaucionadas...
E o homem levanta-se do chão sem um balido ou
pena
a riscar fronteiras, beber crustáceos
suprimir mordomos, a se impor limites
a bondades passageiras e ordem convivial. E
desregramento à maldade.
As bordas do abismo humano eram rancorosas
além de inóspitas e rastejantes.
perdões curvados. hóstias decapitadas.
Hordas de deuses superados percebiam-se
como sombras ou gritos esfumaçados.
Demônios brancos lamentavam sina escura.
Dos círculos dantes vazios, solitários
cones infernais avultaram, começou logo
a proliferar ovos e válvulas de ódio
além do oblongo partejar inexorável
de cubos evanescentes embora neutros
a devorar tangentes.
E cadeados a apresar triângulos
eram vomitados como martelos
ao redor da deriva do último leprosário
Vírgulas a morder a cor dos parágrafos
a sílabas voluptusas aliadas
junto a hiatos crus irreticentes
paralelos a luminosos cogumelos
a outros ávidos fungos abraçados.
(cena acre e crua).
Tudo ainda fumegando como um perdão






