“O cervo é um vento escuro”
Estagnada água
goteja para o nada
assola céu coalhado
nuvens grávidas
salta sobre moendas de sal
como sapo da lapela das estrelas
e se persiste (o mó)
oca a pedra
greta abre na rocha
eterna da noite.
Rio (de almas e luzes) embosca a pedra
presa (íntegra) e a líquida em árduos samboques
e só cinzas de reflexos, eco
do porvir (vaso) trincado, salva
e se água sucumba a lábio estremece como
espelhos atraiçoados pelo som opaco (e inóspito).






