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Ter, Abr

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Me perturba, não só gramaticalmente, mas culturalmente, no aspecto político, o Brasil agora. Não é mais como na era Collor, Sarney e das lutas pelas diretas, após quase 30 anos de exclusão democrática. A época, havia um sentido político real e na acepção válida de política, hoje existe apenas uma desmedida e totalitária alienação da classe média, dos jovens e cidadãos (?) nascidos entre 1970 e 2015.

Estes já nasceram e amadureceram sob impacto, vigência, dominação das novas mídias virtuais. Celulares, tablets, smartphones etc. São como os chamei em editorial recente verdadeiros (e não meramente metafóricos) Zumbis do Facebook.  E o fenômeno idiota e recente das “manifestações” (as de 2015), não passa de ROLEZINHOS POLÍTICOS, quando manadas “escolhidas pelo esquema de “mídias sociais”, ideologicamente orientadas, são recrutadas, escolhidas, agrupadas e levadas às ruas pedindo o fim da democracia política no Brasil. E como são total e estupidamente alienados, inclusive do próprio vernáculo (analfabetos funcionais, isto é não sabem pensar), saem direto dos shoppings maquiados (não sabem sequer imitar os “caras pintadas” contra Collor), seguem convocações de inimigos da democracia imperfeita que temos e palavras de ordem virtuais e radicais para, num sistema de governo que não completou ainda 5 meses, pedir a quebra democrática e a ascensão de Temer ao poder magno por 44 meses.

 

O próprio Temer não veste a carapuça, como os deputados pernambucanos, a pior seleção eleitoral de todos os tempos. É de se envergonhar do nível e da idade desse bando de alienados que forma a pior “classe política do estado”. Somos hoje representados pela direita, que prega o fim da democracia.

E o que é mais grave, a pregação reacionária junta (e estreita) do mesmo lado os Bolsonaro – pai e filho e o tal de Freire, hoje o quadro da direita feroz maior do Brasil.

Hitler, em 1934/1935, realizou o 6° congresso do partido nazi; juntando multidões que o apoiaram sem saber bem porque, só com base na retórica nazista, e deu no que deu.

Hitler dizia, perante 600 mil pessoas (e dirigentes políticos) que o Partido comanda o Estado. Que essa grande manifestação organizada por ele (e asseclas) independe do estado.

Ressaltava o assassino-mor que os outros não compreendiam como um congresso de 600 mil, 700 mil pessoas, 50% jovens, verdadeiros exércitos armados de pás (no ombro em lugar de armas), se organizavam tão bem. E concluía: só é possível isso, fazer tais grandes eventos de massa, sem o Estado, porque somos (os manifestantes, mínimo percentual da população alemã) o próprio Estado. “Não foi o estado que nos criou, aos tais rolezinhos políticos brasileiros, mas estamos criando o estado” (novo). Que Getúlio copiou bem dos nazistas. Isso dava significado e conteúdo a uma ideologia homicida, o sistema nazi de governar, em que os jovens, zumbis do drácula Hitler, a este pertenciam de corpo, alma e sangue. (Segundo palavras do próprio Fuhrer). Era uma minoria alienada e, sob um proselitismo radical, usando “os meios” da época, que deu o poder genocida a Hitler. E é o que acontece agora no Brasil. Meia dúzia, com apoio da mídia tradicional e recrutamento viral e virulento cria os rolezinhos políticos, antidemocráticos e alienados, por excelência. A velha classe média de novo (como repetindo, mutatis mutandis, as infelizes marchas com deus pela liberdade da família, de 1963), vai às ruas pedir a queda (e causar o imbróglio consequente) de um presidente a que faltam 44 meses de mandato e está enfrentando, mesmo contra os princípios pessoais e de seu partido, o problema econômico, com medidas corajosa e efetivas.

Causa asco violento nas pessoas normais e não analfabetos funcionais assistir à tal baixaria politica, a esses rolezinhos programados no propósito claro de conturbar o país, trazer discórdia, ódio, ira política, seguindo a receita nazista de quanto pior melhor. Os 2% dos ricos aguentam a barra mas os 98% que fazem a classe média e as outras vão ao sacrifício, iludidas por essas bandeiras direitistas e odiosas, que sempre pugnaram pela desgraça do Brasil. E não têm o que perder: quase 9 mil desses privilegiados dispõem polpudamente de extensíssimos fundos clandestinos, proveniente de caixa 2, corrupção e sonegação fiscal, totalizando dezenas de bilhões de reais em contas secretas e desonestas na filial suíça de um banco do grupo HSBC.

Precisamos ser astutos e cuidadosos, analisar bem o quadro político, não servir de inocentes úteis e de massa de manobra nas mãos de grupos e parlamentares que ainda não engoliram a redemocratização de 1985.

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Murilo Gun

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