Peroro. A alma se aligeira. Morde-se de remorso pelo que renuncia. E desconhece manhãs para se aprofundar nas sombras de si. O sal não ama sacerdotes.
O sácer é a fúria salina aberta. Um sopro de incenso mirra. A cinza alimenta a vida. O verbo sepulto num verso de jaula. Com gôndolas de náusea. A certeza só do cipreste. Ou da leitura do diário zodíaco mecânico.
Toda a pureza desperdiçada. Toda a verdade fatigada. O grande cão nos espera num soslaio. Rumor do olhar adivinha-se nos móveis da alma. A pestilência vígil. A luz consumindo-se nos olhos solenes. Todas as possessões de mãos dadas. Atadas ao nada que é tudo na vida íntima, púbica. O futuro pesando. Os estrépitos do tédio avantes. Estrelas inacabando-se. Poema inacabado.
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