A poesia de RG desacata o elo do sentido com o objeto do mundo, dissolve tudo que divirja. A ela rege a unidade.
Nela sucumbe a dualidade do eu e do outro, esse outro outro e o universo fútil que o acata.
POESIA QUE ACATA O AUTÊNTICO
Percebe-se da leitura atenta do texto rogeriano a generosidade de sua imagética, lenta e veloz, dialética, sobretudo.
A imagem nele é mais rápida que o pensamento, tem a pressa do imaginário que não aniquila o verso, mas o levanta como o sol de outubro no ombro do horizonte.
Também, ele rechaça a emoção patética, investe na metáfora emocionada. Busca, sobretudo, e sempre, a unidade de palavra e coisa, e nisso reside o poder imaginário de que se reveste o poema Através.
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