A solidão exaspera. E sublima. Caminho tranquilo e simplesmente pela frágil e vicinal estrada do destino.
Cheia de trapaças. Inclusive desvios suicidas e encruzilhadas do diabo. Quando assim até que... houve o encontro de cinco auréolas de anjos, estavam meio que deterioradas (pelo tempo que não perdoa nem auréola angélica). Só a parte posterior (da nuca angelical) permanecia bela. Estavam incrustadas de pó terreno, essa temível mácula para objetos divos e tinha sobre eles muita pátina metafórica e real. Também houve o encontro de brilhos meio mortos e dispersos ainda... quando aconteceu encontrar no trânsito restos de asas (não sei de anjos ou pássaros já ressequidos e alquebrados mas brandos). Aquela fuselagem de asa não competia com a beleza automática das auréolas quase angelicais.
Sobre a redoma dos dias (das noites e das luas) estendida de norte e sul, o rosto oeste exposto como osso do fêmur e o rumor da dor protendendo como edifício de coágulos azuis. Perto da redoma amarela a última fagulha do outono novo. Sob a escrita relativa está o poema absoluto. (Este é mais um livro bem comparável apenas).
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