Nesse nosso tão inadmirável Brasil d’hoje, a tal NOTA ZERO EM LÍNGUA PORTUGUESA (ou pior em redação) passou à condição venerável de índice pedagógico.
Se tens zero não ganhas FIES (grita o rádio). Esforça-te para conseguires 0,1... e serás salvo.
Considero a zeridade do vernáculo uma heresia, um desastre, um insulto, uma tragédia. Algo inaceitável e sem precedentes no mundo.
A sensação de vergonha de ser brasileiro é imensa e crescente.
Não se trata de analfabetismo clássico, mais de analfabetismo bem aprendido em nossas vergonhosas escolas. Um professor ou vários professores, que carregam um aluno do primário ao curso superior e o entregam, no fim da linha pedagógica, ANALFABETO com NOTA ZERO é um monstro. Lidou com provas escritas desse carinha a vida toda, com 100% de erros... e – quem sabe? – botou 10 na prova dele.
Não se concebe que numa prova de concurso ou para vestibular a NOTA ZERO. É um ignomínia. Essa pessoa regrediu abaixo de macaco. Este escreve algo certo se treinar. É inconcebível a burridade astronômica de quem sabe ZERO da própria língua. Se não sabe escrever, não sabe pensar... e só elege corruptos.
Eis a raiz do ANALFABETISMO FUNCIONAL que atinge 70% dos que obtiveram curso superior? Eis a raiz do nefasto analfabetismo político capaz de eleger um parlamento palhaço, à frente. Que deu um espetáculo ao mundo de que até hoje me envergonho – o 17 de abril.
A mínima nota mínima possível a ser exigida, em redação, seria 4. Abaixo disso, cancela parte do curso médio. O cara volta a estudar, regride para progredir.
NOTA ZERO seria crime, com pena, aplicada ao aluno aos serviços pedagógicos e investigação dos professores (BO).
Absurdamente, NOTA ZERO é índice, é elemento pedagógico, é da legislação, é norma de orientação escolar.
Apelo: pessoal, consigam em português ao menos 0,1: eis a meta prá 2017!
NOTA ZERO: crime
Professor indutor ou responsável: DEMITÍVEL AD NUTUM.
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