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Qui, Abr

Poemas
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Entre a manada urbana de autos

e o rebanho de cólera metropolitana

diviso sinal transitório

e o fim da jornada (diária e maldita)

e sinto em mim reiterar o fim

 

porém ondas de ânimo me desanuviam

o turvo mundo torna-se cristal rútilo

sinto-me selvagem e invencível

como touros cretenses ou cordeiros cristãos

expulso de mim diatribes e lamúrias expulso

porque sou humano, minimamente humano.

Capaz de morrer de amor.

Quando a coleção de desenganos está alta

e todo o quilate da esperança saturada

sem espaço para o prazer e o desespero

é bom descortinar logo algo.

 

O mal gira em círculos

o bem é uma espiral, logo

o mal se repete (não cresce)

e o bem se avoluma sempre qual vital falo.

A liberdade é vítima do homem.

Assim como a natureza. É da

natureza humana vitimizar o mundo e a si.

 

Murilo Gun

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