De pão e vinho vivem os anjos
do céu barris ocupam a mesa de Deus
lotam as dispensas mais altas.
E intensos fornos
por anjos alquímicos manejados
esculpem a fome a fogo
a fome de fé (que atanores do céu cremam
em forma de sede eterna).
O pão silencioso (e frágil)
o vinho ávido (e perfeito)
a rosa diva (e eterna)
o círculo apostásico
(e os onze apóstolos que O traíram
um a um acotovelados na culpa).
Dizem (os da oposição) que um tal de Judas
pesaroso, demolido de vergonha e desespero (?)
a uma figueira entregou o seu nome.
Sob ela dormiu e sonhou com o mundo.
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