“Pelo eco da tarde e baixinho
soam nos juncos flautas do outono
sombras de bosques vermelhos ressoam
mortíferas armas das cores do sangue
sobre lagos azuis se derramam
noite moribundos guerreiros abraça
com seu canhestro redil de trapaças
lamento feroz de suas bocas quebradas
como hino desesperado escapa
da garganta já sangrenta
para que linfa melancólica acolha
de suas veias de fino chumbo
sob dolorosa pradaria
nuvens vermelhas Deus irado espalha
como sangue derramando-se
da frialdade lunar (vaso sem ventre)
tremenda dor e escombro de prata alimentam
a ardente chama do espírito
e apagam a luz dos olhos dos netos
ainda não nascidos”.
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