Impenitências soam solidamente
como cubos de sonante mental mau...
penitentes suam.
Se a consciência é infeliz, azar...
mas o caos assim se satisfaz e bem. Se...
Se é tempo das impossibilidades formais
se soa agora o aqui estou eu, ou
um então se intromete, ou
resplandece um talvez comezinho
ou um quando desaba sobre o texto, é que
tudo não mais se copia (como vés
no que lés), nada imita outro
pois soou a hora e a vez
não de Augusto Matraga
mas da insubsistência
e mesmo da insubstância do estabelecido.
Só ou não sou mais, dispara
outra singular leitora, mas
não sou sim só, replica outra.
Soou não o início só
mas o fim dos inicios.
A subsistência formal logra.
E tornaria a inutilidade desses textos
pura, indevassável, imperfeita, rápida.
Como colher alface ou plantar cebola nos invernos.
Ou quiabos. De que se trata
qualquer romance, se não for
de nada... putrefato, putrefeito, por efeito.
Purefeito, protifeito, protiforme, intenso.
A solidez da forma é miragem
fragilidade infeliz, doença dos eus
pulha, derrisão, abuso cavo, falsa, pintura.
Aceitar uma forma, mesmo que
a preferida da leitora (tola
ou não, não hipócrita ou sim)
seria rejeitar outra qualquer
que fosse ser, seria crer
que a verdade só tem uma forma
ou face, que a verdade é um conceito
unívoco e geral, que
assuma a cor de uma crença única.
Mas... não se assumem, aceitam, crêem nos rostos da verdade.
Como soi ser a solidez das aves.
Os rostos da mesma verdade exponho.
O caso é que não está criado
o homem (e leitora) moderno
ainda, a criação é lenta
e falha. Como a justiça. De palha.
Como sexo à flor da pele da alma
é a prosa futura presente realizando-se
ainda neste canto incontinental
isolado e enorme em sua inação perfeita.
Soou mais uma hora agora
(após o tempo das pequenas) das
grandes carnificinas
oficiais infames
a hora das carnicerias sérias
soou ou... as carniças
tonaram a carne fraca, tomaram o puro
estão putrefatos mas não enterrados os absolutos.
Podres estão carne e alma, poderes podridos
corpo e espírito em uníssono
apodreceram absolutamente.
Eis o que vás ler tu ínclita
ou tola leitora, neste Isso não é
romance que começa (e termina ou não) aqui agora... quiça.
Água branca de poço seco.
Água húngara de cor escandinava.
Como as cacimbas do paraíso.
Periga a consciência do corpo.
O homem (primata pobre) está em
plena extinção atenta.
Como lua ao meio-dia, não mais
se distingue homem ou extinção azul.
Se fede a consciência egoísta
egóica, capciosa, nada pulcra
é que a putrefação humana
é interior e aberta... pois
a consciência é carnal...
então, é melhor desler...
Então, a perda da ilusão
se faz necessária
perda total, completa, igual, danosa
ou não dessa porca ilusão.
O abandono das ilusões todas
mesmo das últimas delas
das ilusões mesquinhas e intrahumanas
é urgente, patente, definitiva.
Mas resta algo vital, resta a desesperança.
Além dos rendimentos futuros
(da imprevidência socializada).
Juros crassos rendem
as aplicações do futuro.
Futuro aborto do romance
copioso, repentino, repetitivo
indolor, invasivo
logro sem dúvida ou sombra.
(Juros futuros que não virão a ser
ou à luz do ser que sai de cena
da cena brasileira, futuros
frustrados pela presente usura).
A podridão alcançou a veia renal.
Chegou ao coração verdadeiro do nada.
Sobre o velo da morte debruçou-se
Podre é a veia vital, pobre.
A vala é incomum, mas
o romance é um só, pois
advém da forma unívoca
inestabelecida, ungida, sancionada.
Compro e vendo escravos brancos
e hexâmetros puros.
Sem nota fiscal, moeda, arma, fuzil, adaga ou cimitarra.
Aplico máculas ao rosto dos domingos.
Preparando a fronteira do ilimitado
para depois de bem legível essa
construção, lindes definidas
apropriadas, bem restabelecidas e urgentes...
ultrapassá-las. Papel da exímia leitora.
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