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Qui, Abr

Poemas
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Creio no nada que salva.

Ou na salvação do nada.

Ná laia e na parafernália

da lua metálica ou de metano mecânico como asas de anjo

creio nos olhos da lauda e no caos de lata.

Ou melhor, crês, hipoleitora fálica.

Se crês em mim... cruzes...

 

Poetas limitados (talvez não, sim)

houveram de interpretar o verbo

quando deveriam tê-lo sim

arrebentado, de dentro para fora

do interior para a borda.

Hás de transformar a palavra, não interpreta-la.

Urge a metamorfose verbal

em uivo de rato embarcado.

 

 

 

 

 

 

 

 

Sonho possível, gratuito, apto, não

é sonho, é pesadelo vigilante, dispara

leitora qualquer.

 

Como anjo em choupana, é esse

texto enraizado em irrazão.

Pulsando como falo impotente ou não.

 

Tédio ou nada, eis o dilema

que esse texto enfrenta.

 

Se o cume da existência é um poço

de fundo ciúme

se o branco rumor corrompe

até elefantes, se migalhas

se agarram a mandíbulas, se

ossos são só silenciosos, se

ousas, leitora inapta, ler-me

(ao romance inaparente), então...

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Murilo Gun

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