Um cão abunda no mundo só
entre aparas e arestas de lixo
enquanto jorra alto odor de calmo licor
e aroma desolado de amor persiste
de rosto devastado perplexa sombra
se agita sob pálpebras do tempo.
Sobra um sabor de março
num céu anônimo de abril.
Oxalá, as coisas se comprimam
ou do âmbito do silêncio avancem
quiça a cinza volte e ser-me
cremada pelo tempo afora.
Olho o silêncio, sinto
a pulsação do instante stop.
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