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Qua, Abr

Poemas
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Todo purgatório não é branco.

É mentira. Almas só são ímpias.

Fontes são polutas. Cemitérios operosos abutres.

A cada útero, cava-se uma cova.

O útero já é a sombra dela.

À acidez dos ministérios não resiste

sal do cidadão.

Todo ouro é árido. Toda torta certa.

Se for de maçã honesta.

Mortais as fronteiras. Os países estranhos.

Do ignoto poema, o céu de tafetá verde.

De cópulas ridentes e vaporosos gozos

os vértices dos amantes (volúpia de amianto?)

De gozos e dedos, casto encantamento.

O químico célico, Deus, não perdoa, nem culpa.

E do jardim suspenso

do céu sulfúrico apedreja

as vérmicas criaturas e ilusas.

Enquanto rosas apodrecem

no lago de mercúrio do amanhã.

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Murilo Gun

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