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Ter, Abr

Poemas
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A água ou não horária (o rio ou não cavalo)

solta-la para que não assolo a aura

(de lento), a sala intemporal da alma

Ata-la para que não assalte a pressa

(que aniquile o verso). Domá-la até...

 

Se há frio no corpo

não há frio na alma da palavra.

 

Ambos são cumplices do ser

e sempre se acasalam.

 

Cal e pátina não se fraturam

unguento  e gozo se coadunam.

 

Carne do tempo

corpo da passagem.

 

Horas flutuando

no rio de pedra e sono

líquido trânsito, lírico antro.

 

Pois das correntes do tempo

vem o futuro das horas...

o rio leva ao futuro agora.

 

Tempo ósseo e de água.

Opluxo liberta a página.

A cárcere do tempo não se submete alma.

 

(Disse-o o miglior falso

ao discípulo exato e obstinado

ante obcecado e rigoroso horizonte

do verbo de livres asas).

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Murilo Gun

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