É recusável na forma da imagem
qualquer convencionalidade que artificialize o poema.
Daí só o acaso fornecer a necessária naturalidade ao poema.
O ritmo vital do poema absoluto é multiplicativo.
E de certo modo irrepetível.
É extrair da palavra toda a polifonia rítmica
possível, todas as ressonâncias fônicas
que o acaso imponha, além de quaisquer
repercussões que a concepção lírica ordene.
Tudo o que aprimore a estrutura ausente.
Todas as técnicas da poesia absoluta são inconscientes.
Pois precisa-se deter todo o racional
ou lógico fluxo significativa para
suspender a tempo o sentido.
A horda do sentido abatida permite
a sequência absoluta.
{jcomments on}