Sonhos ou pedra (da lua talvez)
escolha... abata-se.
Adeus a densas ilusões, adeus
armas reais, pânicas, famintas.
Ilusões são invencíveis. Mortais.
Perenes, occipitais. Talvez, reais.
São vãs e vastas as ilusões. Ou
desilusões civis.
Pedras de salvação, valei-me
para escândalo das leitoras
igualmente vãs e ilusas
como eu... eu, quem?
A vida é uma página, a verdade, outra.
Bem diferentes, talvez opostas.
Nem antes, nem depois. Durante.
Se só sei que nada sei, sou.
Se outros sabes, não sei, não sou.
Não sou eu, sou outro.
Desconheço-me a mim mesmo, sou.
O elo fraco da circuncisão faliu. Então...
Aqui, agora, a leitora ciente
e ociosa escreva onze linhas.
Moendas, sonhas com moedas
moendo moinhos em cascata
metálica, cifras do futuro.
O futuro é monetário.
O porvir da usura esperado.
À parte, esse texto torto, solto
Íntegro, sou todos os poemas
que o romance comparte. Em parte.
Sou onda que esmaga, mar
de pedra e dúvida
oceano incendiado
poço frustrado (de sede)
da maníaca mente mecânica.
Lavrar com luz o escuro.
Para ser fundo.
Safira a safrejar
no solo da lua alma (sólida).
Acrisolada.
{jcomments on}