Toda mordaça de grito
todo pecúlio de silêncio
e a saliência do infinito
Toda mordaça de grito
todo pecúlio de silêncio
e a saliência do infinito
Não se trata da busca do sentido perdido (ou abrir a vital arca do significado),
A mãe de Rimbaud, indagou do jovem poeta, assustada com as incompreensões que ele escrevia: o que você quis dizer, filho, num determinado poema?
Perfure fragmentos de brilho
com ótica clava sonâmbula e obtenha
diafragmas noturnos para o coração da lua.
Vive de fantasias o verbo.
E detesta o óbvio.
O verbo sonha o poema.
Côncavos ecos brotam de búzios cristalinos
infinitesimais delírios aliados a náuseas
do espírito com lapsos de loucura se irmanam
Quarenta anos nos separam de um tempo em que os signos dominantes eram os BEATLES,
O desejo nunca morre, nem o poema.
Aprenda geometria lírica
com os instintos urbanos de cimento arquitetado.
Amiga, ao dares costas ao mundo, instala-se
a pústula e o verme se achega ao espírito
atraído pelo odor a santidades breves ávidas
São três da manhã, desde as uma procuro o sono (até debaixo da cama),