aos cajus do olhar
Amanhecer amarelo não temo
do olho ágil do crisântemo
de ouro lento.
Inunde o fogo
à cerejeira chamuscada
céu chore lágrimas de brasa.
Calma flauta alada
nítido som lance
sobre seda lisa e leve da alma.
Incêndio da página
inciso a inciso chegou
até o SS 3º do capítulo cinza da alma.
Do céu encastelada estrela
punhais de luz ímpia de longe atira
aos olhos ácidos dos homens.
Escarpa em capela onde
náufraga água crespa
em ondas altas role.
Velha lagoa onde
vítrea rã enrame-se ruborizada
entre harmonias e estrumes úmidos.
À água revolta da página
poema luta pelo desafogo
para o prelo encapelado.
(Como gota de luz no olho da escuridão).
Deixe que o nada o faça
ao poema e em falsete
o declare alado ou vago.
De haicai em haicai ando
como pelo rico de pedra
cardumes verdes do transitam.
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