Caminho esmo, erma sina, os meus
toda ondulação silenciosa da alma sinto
toda ambrosia do corpo bebo
entre sombras de esplendor profundo
cria das estrias do inconcebível sou
adepto do mor negrume
do broche de azeviche
da greda do espírito
onde o submerso dorme
e o balé de pedra ronda
sigo, e sono temível e indevassável toma
meu demônio sonâmbulo, acorrenta-o a mim
sua jugular negra e pura
vigília de vulcão não me alucina ou macula
silêncio do sal dilacera
sonho inabordável que vive
rude samba de meandros
em meio à sombra de labirintos
da treva de prata veloz meus olhos vivem
enquanto alma se ensimesma
dos insinuantes corredores nus
para incólume frevo das paredes do espírito.
Urano Asteróenth urrou (eu vi) quando
Gaia criou o céu estrelado de Kant.
Às Ménades crias do vinho
e às sanhas do frenesi, ofereço
este delírio verbal
brumas do mar branco da mente
ondas de areia do instinto
dunas irrespiráveis da palavra.






