Em Admmauro Gommes, a poesia (ou modo, estilo, capacidade potencial de compor e produzir o objeto estético poema) é cena exposta como fratura da integridade de seu estro fruto do equilíbrio entre o livre fluxo de palavras contidas astutamente concisas (e lentamente velozes) e o controle rítmico com jaezes musicais, que ensilam os versos e sofream todo excesso prosaico ou extravasamento romântico (para não dizer sentimental).
É patente – e causa espécie – a capacidade, o potencial, o triz que faz a diferença entre poetas: em AG, poeta sóbrio e ímpar, se verifica a asserção de que existem muitos poetas e pouquíssima poesia, constatação triste, a que poética “Admmariana” contraria, de modo exemplar (e peremptório).
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