Brisa apazigua deuses
noite esmera sombras
tarde afoga-se dos pasteis do crepúsculo
lua apunhala de silêncio a alma.
Todo amor é solitário
nenhum gozo se divide
a volúpia é promíscua
invejosa avarenta.
Outono chora folhas
que foram embora.
(Como choro da lucidez desvairada
do verão morto).
Veredas do outono não percorri.
Elas vivem em meus pés.
Ensinaram ao rosto o caminho.