Iogue
tem voz de unguento.
Acácias se deitam em teu seio.
Dos olhos pousam estrelas
da boca brota genitivo azul
calmo orvalho no torso repousa.
Há tigres dilacerando
os olhos da rua.
Perla de âmbar solitário nasce
da concha da mão amante e ávida
seio nasce lasso (firme o sugas).
Nuance lance (nenhuma ou alguma)
mácula ou inútil lamento
debruçada sobre azul
a entremostrar ostra
entre pétreas (e cárneas) coxas
mamilo na boca
(e o vazio da vida, onde fica?).
(Marinha volúpia evade-se
da foz das coxas
lúbrica aragem
percorre a face
rosto inunda-se
de vital sêmen
e despede-se).
(Cio do id).
Teu rosto vem do arroz
seio bebe lições de macias maçãs
enrubescem como líquidos potros
teus olhos são da estirpe douta de estrelas (velhas e novas)
teus braços enlaçam adeuses longínquos
como cometas de afeto (girando a esmo).
Sombra e pó, o que mais te deixo?