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Qui, Abr

À terrível e longa, à naúfraga Ítaca sigo

no barco enlouquecido do rumo ermo e divo

não busco devasso corpo da lúbrica Penélope

dividida entre pretendentes de sua carne

predadores da honra e do castelo de Ulisses

apenas busco a fiel alma da amada sempre

(de álgidos anjos povoada).

Enquanto te ensaboava vi a espuma

lasciva descer sobre tua bendita racha

e os flocos de sabão pendurados nos

metálicos e azuis fios dos pentelhos

pareciam alegres (felizes de tal sina branca).

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Nada transcende, nada resiste, nada sobrevive

a verme. Larva (eterna) roe-nos (até a todos

os ossos) corpo e alma. Pois suas

mandíbulas (atras e macias) são igualmente metafísicas.

 

Morte é uma esfinge a devorar-nos

decifrêmo-la ou não.

Na poesia absoluta, no seu exercício, na sua compulsão e vertigem do verbo, dou vazão a mim (mesmo) e a mim não o mesmo (ao mim outro, a algum eu não vital); dou plena extravasão a minhas fantasias, pulsões (boas ou más) e desejos (geralmente eróticos demais).

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VCA

Antes à bela era parnasiana, a temática poética era parte integrante e relevante do poema, não se submetendo poetas que se dessem respeito a desenvolver tema banal, mesquinho, não da elite dos objetos.

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Cada ângulo do destino

que deus geômetra fabricou

com despudorada simetria

e arguto fractal é tal

que por ele se vê o todo

e mais as partes.

 

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Murilo Gun

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