A cada saliência do silêncio
a cada caliça que do grito escorria
a cada lento alicerce pulsando
em cada edifício estabelecido
o vinco entre os silêncios vazado
a lua entre hortaliças colhida
os estandartes das sombras cerrados
a morte cimentada no ser
as janelas do limbo abertas
aos retardatários de Deus
os protestos obliterados
as condições reinventadas
revogadas as convenções da morte
eis que a vida não se esvazia.
{jcomments on}