É o tempo geometrizando a passagem
é o trânsito do abismo côncavo
o iníquo cone, o cínico início, a quântica vontade
É o tempo geometrizando a passagem
é o trânsito do abismo côncavo
o iníquo cone, o cínico início, a quântica vontade
Aparições de repentinas palavras
entre tempos ocos e advérbios febris
imagens que conlevo
verbos que me antecipam o espírito
Preciências dos seios, mãos
que se irmanam para medi-los
pegá-los como a um galo de carne
que cante entre os dedos
Luiz Alberto Machado
Para começo de conversa, duas de antemão: uma sobre o autor; a outra, sobre a obra. Se parecer dois caminhos, não é nada, vice-versa, a mesma porta. Vamos lá.
Só o além dos limites indica
ou indicia o instante do poema
sua pura instauração
Poesia não é... dizer... ou
querer dizer.
Se apenas a palavra diga queira ou não
não é. Pois a palavra diz queira ou não.
Admmauro Gommes,
poeta e professor de Teoria Literária da FAMASUL (Palmares-PE)
Consecusão de um indesejo
Realizado de involuntariedade.
Não ver poema com sentimento
Chegar a estágios de compreensão
do que seja poesia absoluta.
Não compreensão do poema absoluto.
5.5
Baías se afogam no próprio estrato
musgos se engasgam com feldspatos
bombas bebem sais de nitrato