Creio no nada que salva.
Ou na salvação do nada.
Ná laia e na parafernália
POESIABSOLUTA
Blog de Poesias e Prosas e outra coisas de Vital Corrêa de Araújo
Creio no nada que salva.
Ou na salvação do nada.
Ná laia e na parafernália
Se o brilho do abismo te atraia
leitora implícita e cúmplice
não decepciones esse irmão
Aquele vale fértil cimitarra de terras lavradas
agricolizadas e úmidas cortando o desalento
do desolado sertão
Não sou poeta por quê? Por ser.
Não sou poeta porque não quero o ser
tal o qual não sou poeta por principio.
O modo emocional de ver o absoluto
veio do sono aflorando dos olhos vagos
ouro sonâmbulo pendurado da pálpebra
Poesia é expressão de imagens objetiva. E não produção de sentidos (íntimos, púbicos, pessoais, públicos, gerais).
V. não é poeta, falo de V., o de único-conto que morreu ontem
e de seu oco-cântico, do seu canto estreito via
pela qual lhe lançou o mundo bastas ilusões perdidas
Que véu não ilude
ou fonte nunca seca
que barro amolda
NÃO SOMO MOVIMENTO DE SALÃO
MOVIDO A BOMBOM VERBAL
NEM SIMPLES ENGRENAGEM
“Eu anotava silêncios (passeando pelo acaso).
Noites e sensações cinzentas, fixava (no ocaso).