A burrice imaginal estanca a poesia.
Sempre perto dos sentidos, longe da poesia.
Não faço pose de incompreendido
POESIABSOLUTA
Blog de Poesias e Prosas e outra coisas de Vital Corrêa de Araújo
A burrice imaginal estanca a poesia.
Sempre perto dos sentidos, longe da poesia.
Não faço pose de incompreendido
Humanidade extraída da dor
que humanitários conspurcam.
Energias telúricas ociosas
A metáfora busca a alteridade do signo.
A decuplicar o significado.
Tem a metáfora intenção de fraudar a palavra.
Verão perambula no corpo
sepulturas cercam o coração.
Peregrina lágrima ao olho consola
Meio-dia de água. Tarde de pedra.
A cada declive do mar melhor se afoga.
VCA empresa de desconstrução
Até quando, ninguém me quer?
Hasta quando me quererão.
Cacho triste e côncava sombra
Da queda ou da peida
do horizonte se faz o poema
da melancolia da lua também
Não me fale da vontade da palavra.
Ela vale tudo o que não seja mesmo nada.
Absoluto, é poema destituído de nervos
Um cão abunda no mundo só
entre aparas e arestas de lixo
enquanto jorra alto odor de calmo licor
Sei que meu nome não dura
uma geração de brilhos mortos.
Antes que tempo o dissolva