Vital Corrêa de Araújo
A poesia não é pele. É alma.
Não é para brincar ou parecer. É para ser.
Não é diversão, sorriso da sociedade, império
Vital Corrêa de Araújo
A poesia não é pele. É alma.
Não é para brincar ou parecer. É para ser.
Não é diversão, sorriso da sociedade, império
Os movimentos (mais contrários que complementares) anta, corrupira, verde-amarelismo, pau-brasil e cia enfraqueceram (e vieram para isso), estreitaram ao invés de alargar o modernismo de 1922. Desviaram.
VCA
O impassível crítico e ensaísta dos melhores da atualidade e professor de literatura comparada em Genebra, Georges Steiner (de quem li, reli, tresli sete de suas obras mais recentes) define, situa otimamente literatura,
Desde que Adorno afirmou não ser mais possível fazer poesia depois de Auschwitz, aqui simbolizando o genocídio judaico da 2ª grande guerra do século XX, a pena hesita algo antes do poema.
O edifício da desconstrução (não a raiz da inconstrução), edificar o desconstruto, é empresa vital à modernidade, hoje.
Quantas épuras destino encerra?
Aduanas são noturnas.
Noite egípcia.
Beijo vértice de nojo
O ofício do poeta é o que de mais sagrado restou ao homem. Ele move a hóstia da palavra até que a saliva do verbo a envolva.
Esse pressuposto frívolo e falho (ou fressuposto) de que o poema necessariamente – e por definição ou natureza – tenha um sentido prévio, dado e depois mecanicamente construído e adornado por palavras, quantificável, anterior, apodítico destino da jóia palavrosa, poesia, sob pena do poema não ter sentido, se este não for óbvio e ulular, como escrínio verbalizado incólume.
É preciso reconceituar a poesia. O entendimento consensual até a atualidade baseia-se no cânone sagrado da literatura e dá conta em sua maior parte da poética tradicional.
O prestígio do novo é fato. Mas o velho sobrevive e deixa sua marca indelével sempre. Especialmente, porque dele nasce o novo.