Utopia desprezada, desacreditada. A utopia está enferma, é o cadáver insuperável de nossa hora. Quem dum remoto futuro foi rainha... hoje deposta, esquelética, agora quase morta.
CERNUDA VÍTIMA DO DESEJO (A REALIDADE VENCEU O DESEJO)
Cernuda foi presa fácil da consciência do desejo impossível, abandonando-se à aventura do corpo por desvãos sem rumo, tal como Kavafis às noites lascivas de Alexandria.
MEETING HULK 2021
O encontro (convenção), em aprazível hotel da Av. Boa Viagem, do time multidisciplinar liderado por Murilo Dantas Corrêa de Araújo (Gun), estendeu-se de 5 a 8 de janeiro. No dia 5, das 09:00h às13:00h, foram debatidas as ideias apresentadas por Gun sobre novos e avançados conceitos de educação – do ponto de vista de hoje, porém na perspectiva de 2021.
DEVIR DE SENTIDO (DEVÉM DO SIGNIFICADO)
O que a poesia produz é um certo estranhamento do leitor em relação ao conteúdo esquisito do poema, que não se entrega, não é assimilado apenas pelo hábito poético, calcado em convenções facilitadoras do entendimento. Fundado no imediatismo feroz.
ASSIM ASSADO
Quem escreve, a quem o escrito pertence? A qualquer um, menos ao autor. Quem escreve não sou eu, é o quem me arrastou à escrita, me jogou na página e no ambiente criativo que o ato de escrever gera. O arrastão para fora de mim foi vital à escrita.
ALIENAÇÃO
a St-John Perse
de iniludível expressão
DO PROFESSOR CLÁUDIO VERAS DE HEIDELBERG SOBRE VCA
Em VCA, a arte está a serviço do absoluto, da verdade... e sua poesia estranha revela mais uma funda inquietação verbal do que uma firme convicção estética... uma preferência por vária transgressão do que submissão a convenções senis.
MONÓSTICO VITAL
Desenvolvi, desde há 15 anos, o conceito da estrutura de uma forma poética, já existente teoricamente, taxionomicamente, como tal, porém não informada ou enformada, posto que se presume vazia, desde que não há prática do verso, tal como ela, esta forma, urdia.
O QUE ESTÁS LENDO COMO LÊS QUANDO
Um livro chamado de poesia não é um livro (a não ser que não seja de poesia, embora colete poemas). Se algum leitor o considera livro... e de poemas é que este sucumbiu a uma ordem falsa... e não tem mais salvação literária.
EDITORIAL ABSOLUTO PARA O JORNAL O MONITOR ed. 176
A FALSA ARTE onera nosso tempo e é próspera, nutre as massas (ignaras, perecíveis), sequestra os espíritos alienando-os, reificando-os, e oferece máscaras, ossos, atrativos exteriores, expedientes que instrumentalizam a alma para o nada, graças à profundidade superficial (aparência de essência, vulgaridade absoluta) de que si reveste o aparato estrepitoso e festivo e espetacularizado dirigido às pessoas movidas pelas mídias deseducadoras a que estão expostas.