Primeiro, diferir a linguagem literária da linguagem usada para outros fins. Depois, encontrar a especialidade – e vital autonomia, da Poesia.
A poesia não deve transcender a linguagem, é feita dela. Prosa precisa ir além, sair, materializar seu objetivo (enredo, intriga, comunicação de discurso) fora da linguagem, do âmbito desta, embora feita dela. A prosa está fora do texto. É o que diga o texto, não ele, ao contrário da poesia. Que é o texto – e não o que dele saia (diga).